sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Já está virando palhaçada!

Assim é demais!

Não vou contar novamente toda a história da minha preguiça, porque minha obesidade mórbida me deixa com preguiça até disso.

Ao abrir uma reportagem aparentemente inofensiva em um conglomerado qualquer da internet, me deparo com a cena ao lado! É ultrajante!

Primeiro, a brincadeira sem graça do webmaster, ao nomear a foto ao lado como gordo, pura e simplesmente.

Revoltado e com a pressão batendo nos 32/24, resolvi ler o resto da reportagem. Numa enquete realizada num site, mais de três quartos das pessoas acreditam que as companhias aéreas deveriam ter uma "taxa da gordura".

MAS COMO ASSIM?

É desta forma, então, que as pessoas querem provar que são favoráveis à igualdade entre as raças, sexos e o caralho a quatro? Já não basta a humilhação suficiente que passamos logo ao acordar de manhã e tentar vestir uma simples roupa de baixo ou ao tentar urinar em algum banheiro químico? Não é o bastante sermos sempre acusados por escorregar aquele peido mal cheiroso e grudento em local público fechado? Sim, porque toda vez que isso acontece, é para o gordo que todos olham! Como se pessoas magras e saudáveis não peidassem. Eu vos digo: SIM, ELAS PEIDAM! E TÃO OU MAIS FEDIDO QUANTO NÓS, ROLHAS DE POÇO.

Já era inaceitável o fato de pagarmos a mais por roupas tamanho XL, XP, XXL, números acima de 62 (afinal de contas, o que são dez ou doze metros a mais de panos e linhas para confeccionar uma peça?). E, agora, isso. Realmente, se não se trata de discriminação, o que mais pode ser?

E daí que comemos mais do que deveríamos? E daí que ocupamos mais espaço que dez pessoas juntas? E daí que gastamos mais água para nos banharmos e papel higiênico para nos limparmos (acreditem, alguns de nós nem isso fazem, simplesmente por medo)? E daí que andamos como lesmas, esbarrando em tudo e todos, e que toda refeição que fazemos é tratada como se fosse a última?

Apesar de nos assemelharmos a elefantas prenhas e hipopótamas na menopausa, somos seres humanos! Muito maiores e mais pesados que os outros, mas somos. E apenas queremos ser tratados como tais. Sem taxas extras por peso, arroba, centímetros, metros e litros.

A hora da revolução obesa está chegando. Escondam as guloseimas.

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